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Ainda tentando se recuperar do escândalo de fraude em motores a diesel, que desde setembro do ano passado, a Volkswagen sofreu mais um revés nesta semana, desta vez com certo requinte de crueldade.
A fabricante alemã deixou a lista de 10 marcas de carros mais valiosas do mundo da consultoria britânica Millward Brown, referente a potenciais ganhos futuros a partir de 2016. O motivo, obviamente, são os prejuízos tomados desde o início do dieselgate.
Onde está a ironia? No fato de que, em seu lugar, o grupo incluiu a Tesla, fabricante americana focada na produção de veículos 100% elétricos (e limpos), e que vem trabalhando em sua expansão global nos últimos meses.
Segundo a Millward Brown, a Tesla é atualmente a décima montadora de automóveis mais valiosa, tendo seu valor estimado em US$ 4,436 bilhões. “Com a disponibilidade de seus veículos a preços relativamente acessíveis, mais pessoas podem experimentar o futuro da propulsão elétrica”, diz o levantamento.
Na liderança segue a Toyota, pelo terceiro ano consecutivo, alcançando estimativa de US$ 29,501 bilhões. BMW (US$ 26,837 bilhões) e Mercedes-Benz (US$ 22,708) aparecem na sequência.
Para a Volkswagen restou o consolo de ver as subsidiárias Audi e Porsche relativamente bem colocadas, respectivamente em sétimo (US$ 9,497 bilhões) e nono lugares (US$ 4,428 bilhões).
Ainda de acordo com o levantamento, houve queda média de 3% no valor das montadoras em relação aos números de 2015, muito pela desconfiança gerada após inúmeros casos de manipulação de dados de emissões. A categoria leva em conta fabricantes de modelos populares ou de luxo.
Além do valor, a consultoria estipula a contribuição de cada marca para a evolução no setor em escala de 0 a 5. Nesta lista a maior nota obtida foi 4, sempre por marcas da Alemanha: BMW, Mercedes, Audi e Porsche. Toyota e Tesla ganharam 3. (UOL Carros/InfoMoney)