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Jerônimo Jardim e Orquestra de Câmara da Ulbra. Imagem: Marcos Massa

E a emoção se fez presente. Quando o cantor e compositor gaúcho Jerônimo Jardim pisou no palco do Salão de Atos da Ufrgs, sentiu uma grande alegria. Era a segunda vez, em 30 anos de carreira, que se apresentava ao lado de uma orquestra. A primeira vez, aos 22 anos, foi com a Filarmônica do Uruguai.

Jerônimo Jardim, autor de sucessos nacionais como “Purpurina”, na voz de Lucinha Lins, e “Moda de Sangue”, gravada por Elis Regina, fez uma das mais emocionadas apresentações dos Concertos Dana. Era visível a comoção e o prazer de Jerônimo em cantar suas composições com uma companhia tão luxuosa.

Jerônimo apresentou um repertório que resgatou tanto os grandes sucessos de sua carreira, quanto composições mais novas, em arranjos de extrema sensibilidade.

A mesma sensibilidade que revestiu as canções de Bebeto Alves, um artista que há muito tem mesclado as raízes do folclore gaúcho com elementos contemporâneos que vão do rock a insinuações de pitadas eletrônicas. Acompanhado por seu grupo, a união da música de Bebeto com a orquestra produziu um efeito envolvente e conferiu um novo patamar às canções do compositor.

Jerônimo e Bebeto já haviam dividido o palco outras vezes. Ambos têm músicas em parceria e se conhecem há muito tempo. Moraram juntos no Rio de Janeiro e davam canjas, um no show do outro. A amizade só contribuiu para a total descontração no palco.