Calibragem dos pneus: forma correta de fazer e os riscos de rodar abaixo da pressão

Blog do Caminhoneiro

 

Fundamental à segurança, conforto e desempenho dos veículos, os pneus nem sempre recebem o cuidado necessário por parte dos condutores. Manter a pressão de ar sempre adequada, calibrando de acordo com o manual e periodicamente, é a primeira e mais importante manutenção requerida. Porém, infelizmente, um em cada três veículos em circulação rodam com os pneus abaixo da pressão recomendada.

 

Se as válvulas de segurança (biquinhos de borracha) e o assentamento das rodas estiverem em ordem, o pneu perde cerca de uma libra de pressão mensalmente. Caso algo esteja desajustado, esse detrimento pode ser ainda maior. “Rodar com 10 libras a menos em cada pneu, por exemplo, fará o veículo consumir até 12% a mais combustível, o que equivale a desperdiçar um tanque inteiro a cada oito abastecidos”, explica Eliel Bartels, engenheiro à frente do Centro de Tecnologia, Treinamento e Inovação do Grupo DPaschoal.

 

Outro dado alarmante, do Departamento de Transporte Norte Americano, sugere que veículos que rodam a partir de 25% abaixo da pressão recomendada, têm três vezes mais chances de se envolverem em acidentes. “Essas poucas libras a menos podem afetar a dirigibilidade do veículo e a distância de frenagem, fatores que podem se agravar, por exemplo, em dias chuvosos ou numa pista ruim”, alerta Eliel. Quando o pneu trabalha com a pressão abaixo do recomendado, também gera mais calor e se desgasta mais rápido. Ou seja, vai durar menos. “Essa combinação de calor e baixa calibragem pode, inclusive, estourá-lo quando em uso, colocando o condutor em risco”.

 

Mas evitar esses riscos e prejuízos é simples. Bartels recomenda a verificação quinzenal da pressão das rodas, seja num autoposto ou oficina de confiança. “Outra dica é não seguir o que é considerado padrão no momento da calibragem. Cada veículo tem sua pressão recomendada pelo fabricante e disponível no manual do proprietário”. Igualmente importante é não se esquecer do estepe que, mesmo fora de uso, perde ar e não pode estar inapto em uma emergência – calibre a cada dois meses.

 

Eliel lembra, também, se se atentar ao peso transportado no veículo no momento da calibragem, que pode influenciar na pressão necessária. Por último, não se esqueça de ajustar a pressão de ar quando as rodas estiverem relativamente frias, pois a caloria faz com que a borracha se expanda, levando os motoristas a verificar uma pressão que nem sempre é a correta. (Blog do Caminhoneiro)