Produção industrial sobe 0,2% em outubro e investimentos são destaque

Reuters

 

A produção industrial brasileira iniciou o quarto trimestre em alta, dentro do esperado e impulsionada por bens de capital e de consumo, em mais um sinal de que a economia do país está se recuperando gradualmente.

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira que a produção industrial teve expansão de 0,2% em outubro na comparação com o mês anterior, após avanço de 0,3% em setembro.

 

Sobre o mesmo mês de 2016, a alta foi de 5,3%, melhor resultado desde abril de 2013 (+9,8%).

 

Os dados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters com economistas, de alta de 0,20% na variação mensal e de 5,20% na base anual.

 

“Há saldo positivo da indústria neste ano, com 8 altas em 10 meses, bem em linha com o ritmo e a velocidade da economia. Não vemos recuperação rápida e instantânea, mas há uma reação”, disse o gerente da pesquisa no IBGE, André Macedo

 

Entre as categorias, apresentaram ganhos em outubro Bens de Capital, uma medida de investimento, e Bens de Consumo, respectivamente de 1,1% e 1,0%.

 

A retomada dos investimentos no terceiro trimestre já havia indicado fôlego da economia ao expandir 1,6% sobre o período anterior.

 

Com o resultado de outubro, a indústria mantém o ritmo gradual de recuperação, em meio à melhora do emprego no país com inflação e juros baixos.

 

Segundo o IBGE, somente a produção de Bens Intermediários recuou no mês, em 0,8% na comparação com setembro.

 

Já entre os ramos pesquisados, 15 dos 24 registraram ganhos, sendo as maiores influências positivas os aumentos de 20,3% de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e de 4,8% de bebidas. Ambos reverteram as perdas vistas no mês anterior.

 

“O positivo desse resultado é percebermos que o crescimento da indústria está menos concentrado em setores específicos”, avaliou Macedo.

 

A confiança da indústria também vem melhorando, com avanço em novembro pelo quinto mês seguido, para a máxima em quase quatro anos. (Reuters)