Chinesa Baidu lança fundo de US$ 1,5 bilhão para projetos de veículos autônomos

O Estado de S. Paulo/Reuters

 

A gigante chinesa da internet Baidu anunciou ontem, quinta-feira, 21, um fundo de 10 bilhões de iuanes (US$ 1,52 bilhão) para veículos autônomos, como parte de um plano mais abrangente para acelerar o desenvolvimento técnico e competir com rivais norte-americanas como Waymo, da Alphabet, Uber e Tesla.

 

O “Fundo Apollo” investirá em 100 projetos de direção autônoma nos próximos três anos, informou a Baidu em um comunicado.

 

O lançamento do fundo coincide com o do Apollo 1.5, a segunda geração do veículo autônomo de código aberto da companhia.

 

Após anos de desenvolvimento interno, a Baidu decidiu em abril abrir a tecnologia de condução autônoma para terceiros, uma medida que espera que deva acelerar o desenvolvimento e ajudá-la a competir no mercado. Na mais recente atualização de sua plataforma, a Baidu disse que os parceiros podem acessar nova tecnologia de percepção de obstáculo e mapas de alta definição, entre outras funções.

 

O movimento surge em meio a uma ampla reorganização da estratégia corporativa da Baidu, que busca novas fontes de lucros fora do seu núcleo principal de negócios, que perdeu grande parte da receita com anúncios em 2016 depois de novas regras mais rigorosas do governo sobre publicidade em saúde.

 

O projeto Apollo da Baidu – batizado com o nome da missão da NASA para a Lua – visa criar uma tecnologia para carros totalmente autônomos, que segundo a empresa estarão prontos para roda em cidades chinesas até 2020.

 

A Baidu agora tem 70 parceiros em vários segmentos da indústria automotiva, contra 50 em julho, informou o grupo chinês. Os colaboradores atuais incluem a empresa de microprocessadores Nvidia e o serviço de mapeamento TomTom.

 

Apesar do rápido crescimento do seu ecossistema de parceiros, a Baidu enfrentou desafios ao negociar as regras chinesas locais, que a impediram anteriormente de conduzir testes em rodovias.

 

Em julho, a polícia local de Pequim informou que estava investigando se a companhia havia descumprido regras de tráfego municipais ao testar carros autônomos em rodovias públicas, como parte de uma demonstração para coletiva de imprensa. (O Estado de S. Paulo/Reuters)