Marcas de luxo se reinventam

O Estado de S. Paulo

 

Para manterem a relevância em um mercado em profunda e constante transformação, as montadoras de luxo apostam em direções diferentes. A italiana Ferrari está trabalhando em seu primeiro utilitário-esportivo, respondendo à crescente demanda por carros desse tipo.

 

O novo modelo, cujo projeto foi batizado de F16X, utilizará a plataforma do substituto da GTC4 Lusso. A carroceria será feita de alumínio e terá linhas de cupê, com traseira baixa. Portas do tipo suicida ampliarão o acesso ao banco traseiro.

 

O motor não deverá ser o V12 da GTC4, mas um V8, ou ainda um conjunto híbrido. Com preços estimado em 300 mil (cerca de R$ 1,2 milhão), terá como maior rival o também italiano Lamborghini Urus, que deve ser lançado no ano que vem.

 

Já a alemã Mercedes-Benz se prepara para ingressar no seleto grupo das fabricantes de hipercarros, com o modelo chamado provisoriamente de AMG Project One. Baseado em carros de Fórmula 1, terá apenas 275 unidades a 2,4 milhões (cerca de R$ 9 milhões) cada. Um motor a combustão de 700 cv e dois elétricos, um para cada roda dianteira, vão gerar potência combinada de aproximadamente 1.050 cv.

 

Volvo

 

Mais radical, a Volvo anunciou que, a partir de 2019, não lançará mais nenhum modelo equipado apenas com motor a combustão. De 2019 a 2021, a marca apresentará cinco veículos elétricos, sendo dois de alto desempenho, produzidos por sua divisão esportiva Polestar.

 

Essas novidades serão complementadas por uma gama de automóveis híbridos plug-in a gasolina e diesel, além de híbridos com motor de 48 volts em toda a linha.

 

Segundo informações da Volvo, os automóveis com motor de ciclo Otto serão gradualmente eliminados e substituídos por outros “eletrificados”.

 

Em comunicado, a marca informa que o objetivo é reduzir o impacto ambiental de seus carros e “tornar as cidades do futuro mais limpas”. (O Estado de S. Paulo)