Produção de motocicletas avança 1,6% no 1º trimestre

DCI

 

A produção brasileira de motocicletas encerrou o primeiro trimestre do ano com alta de 1,6% em volume na comparação com igual período de 2016, totalizando 231.381 unidades, informou na manhã desta quarta-feira (12) a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

 

A atividade do setor iniciou o ano com crescimento de 7,5% em janeiro, mas voltou a cair em fevereiro, com queda de 5,4%, voltando a crescer 2,3% em março, com um comportamento ainda marcado pela oscilação no confronto anual. “Vale ressaltar que o segundo mês do ano teve quatro dias úteis a menos, por conta das festividades de Carnaval”, lembrou a Abraciclo, em nota.

 

Nas vendas internas de atacado, a comercialização de motocicletas avançou 0,2% de janeiro a março, totalizando 215.820 unidades ante igual período do ano passado. Apenas em março, as vendas caíram 3,8% para 80.372 unidades.

 

“Os dois primeiros meses do ano foram muito ruins e março já foi melhor para o varejo. É um dado positivo que nos leva a ter uma crença de que chegaremos pelo menos até a meta do setor neste ano”, comentou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Ele acredita que o melhor desempenho das vendas do setor no varejo este ano, as empresas retomem as encomendas para a indústria.

 

Na divisão por cilindrada, a Abraciclo apurou queda de 4,6% no volume de produção de motocicletas até 160 cilindradas no primeiro trimestre do ano, chegando a 189.050 unidades. Essa foi a faixa que apresentou a maior redução em volume, comentou o presidente da associação. O recuo, observou ele, pode ser explicado por essa faixa de veículos atender principalmente brasileiros com menor faixa de renda, que têm sofrido com a retração da economia.

 

No varejo, a redução nas vendas de motocicletas até 160 cilindradas foi ainda maior, com queda de 14,6% em volume para 177.431 unidades no acumulado de janeiro a março deste ano, frente ao mesmo período de 2016.

 

“O varejo por cilindrada não refletiu a produção, mas devemos ter uma recuperação. Em função do volume de produção próximo do ano passado, pode ser que as indústrias tenham que fazer alguns ajustes em função do estoque do varejo. Mas depois a expectativa é que a situação volte ao normal”, afirmou o dirigente. (DCI/Jéssica Kruckenfellner)