Polícia da Alemanha faz buscas em fábricas da Audi na esteira de escândalo na VW

Reuters

 

Procuradores alemães fizeram buscas nas duas maiores fábricas da Audi e em outros locais, nesta quarta-feira, em conexão com o escândalo de emissão de poluentes que ainda abala a Volkswagen, aumentando a pressão sobre a divisão de carros de luxo.

 

Em setembro de 2015 a Volkswagen, controladora da Audi, admitiu que até 11 milhões de seus veículos em todo o mundo possuíam um software que burlava os testes de emissão de poluentes, desencadeando a maior crise de sua história.

 

As buscas, as primeiras na Audi desde que o escândalo da VW irrompeu há 18 meses, se concentraram nos envolvidos no uso de qualquer software ilícito nos 80 mil carros VW, Audi e Porsche com motores 3.0 que se descobriu ultrapassarem os limites de emissões dos Estados Unidos.

 

A Volkswagen já concordou em pagar mais de 1 bilhão de dólares para consertar ou recomprar os 80 mil automóveis, parte de um acordo geral firmado nos EUA que deve custar até 17,5 bilhões de dólares ao grupo.

 

“Com estas ordens de busca, pretendemos esclarecer em particular quem esteve envolvido no uso da tecnologia em questão e no fornecimento de informações falsas a terceiras partes”, disse a Procuradoria de Munique em um comunicado nesta quarta-feira, sem identificar qualquer suspeito.

 

A Procuradoria informou que as operações envolveram procuradores de várias jurisdições e a polícia estadual do Estados da Baviera, Baden-Wuerttemberg e Baixa Saxônia.

 

A ação policial coincidiu com uma grande coletiva de imprensa anual na qual o diretor-executivo Rupert Stadler apresentou os resultados financeiros de 2016 da Audi, aumentando o constrangimento do grupo. (Reuters)